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Validar o problema deve ser o marco zero de qualquer experiência empreendedora

4 de abril de 2018

Vivemos num mundo com grande diversidade de conhecimentos, hábitos e costumes. Apesar dos sinais claros que evidenciam que as pessoas são diferentes, vivem realidades diferentes, enfrentam problemas diferentes, tem necessidades e desejos diferentes, imaginamos conhecer essa diversidade e compreender suas especificidades por um ato reflexo.

Minha visão é de que sabemos muito pouco sobre o mundo e a vida das pessoas diferentes de nós, mas temos a impressão de sabermos muito. Essa característica egocêntrica do ser humano pode ter ajudado em nossa sobrevivência, mas hoje nos atrapalha enquanto empreendedores, pois mascara a realidade e nos impede de compreender o outro, o diferente.

Isso talvez explique o fato de criarmos soluções que não encontram clientes no mundo real e mais de 90% das startups morrerem exatamente por esse motivo. Temos a presunção de achar que sabemos o que as pessoas querem, desejam ou precisam e nem ao menos nos damos ao trabalho de conversar com elas.

Nossa percepção do mundo nos engana. Distorcemos a realidade e acreditamos na fidelidade das nossas interpretações. No mundo real, nos relacionamos com pessoas semelhantes a nós e, no mundo virtual, somos influenciados pelos algoritmos que aprendem com nossos hábitos, com nossos gostos e trazem respostas enviesadas sobre o que buscamos, seja em nossas pesquisas, seja em posts em nossa timeline nas redes sociais.

Validar o problema deve ser o marco zero de qualquer experiência empreendedora, pois além de ser uma oportunidade para confirmar (ou não) nossas expectativas, será sem dúvida, uma oportunidade para conhecermos mais sobre os nossos segmentos de clientes e os problemas que enfrentam no mundo em que vivem. Já falei isso mais de uma vez, mas não custa repetir: se for para se apaixonar por algo, se apaixone pelo problema que você tenta resolver, mas nunca pela sua solução, pois ela provavelmente não é tão boa quanto você imagina e precisará ser modificada diversas vezes antes de funcionar.
Quando pensamos em uma solução ou temos uma ideia de negócio, mesmo que inconscientemente, assumimos que ela resolve um problema de alguém. Se eu tenho uma ideia, mas não sei quem se interessaria por ela – meus segmentos de clientes – na prática, não tenho nada. Estou andando às cegas e ainda querendo levar mais gente comigo. É preciso validar nossas hipóteses e, ao mesmo tempo, explorar o mundo dos nossos segmentos de clientes em busca de insights e aprendizado. Por isso, antes de começar a desenvolver sua solução, saia do prédio e converse com as pessoas.
Para auxiliar nessa tarefa de extrema importância, vamos dedicar uma série de posts para auxiliar e orientar os empreendedores nos processos de validação das hipóteses relacionadas ao problema. A ideia é que sejam abordagens práticas, esclarecendo o uso das ferramentas e metodologias e que oriente de fato a execução dessa tarefa.

Caso você tenha uma ideia de negócios, mas não tenha validado o problema e desejar receber orientação personalizada para o seu projeto, mande um WhatsApp: 21994709156 ou Skype: moscadsn. Gostamos de fazer amigos e ajudar.