De acordo com uma pesquisa realizada pela Udemy Research - apropriadamente chamada de “Relatório de Distração no Local de Trabalho de 2018” - quase 3 de 4 trabalhadores (70%) dizem que se sentem distraídos no trabalho. À medida que as organizações se concentram cada vez mais na adoção de novas tecnologias para ajudar na colaboração para um negócio mais ágil e em tempo real, agora estamos sobrecarregados com a comunicação.

Há alguns anos, a pesquisa mostrou que o funcionário médio recebia 304 e-mails relacionados a negócios semanalmente, levava cerca de 16 minutos para refocar a atenção depois de manipular e-mails recebidos e checou e-mails 36 vezes por hora. A mesma pesquisa constatou que o funcionário médio perdeu 31 horas por mês em reuniões e foi interrompido cerca de 56 vezes por dia, levando duas horas diárias para se recuperar dessas interrupções. Estudos recentes mostram que a situação só está piorando.

Embora a mudança de uma economia de manufatura para a economia do conhecimento tenha sido bem documentada e bem compreendida, as abordagens para melhorar a produtividade na economia do conhecimento ainda precisam ser alcançadas.

Hoje, o sucesso corporativo depende da capacidade intelectual, e a produtividade depende do cultivo da cognição dos funcionários - ajudando a facilitar a capacidade dos funcionários de sintetizar informações, criar e inovar. Para este fim, os empregadores devem fornecer uma experiência do empregado que facilita o trabalho focado, enfatizando a gestão da atenção.

Dado o significativo investimento que as organizações fazem na força de trabalho, realocar os esforços dos funcionários para se concentrar no trabalho significativo e elaborar estratégias para difundir o local de trabalho distraído é fundamental.

Inacreditavelmente, mais de 40% do dia de trabalho real de um funcionário é gasto em esforços não produtivos, custando às empresas milhões em perda de produtividade. O local de trabalho distraído contribui para um ciclo vicioso que termina na insatisfação dos funcionários. As distrações levam à perda de produtividade, o que leva a um dia de trabalho mais longo, o que leva à frustração e ao estresse, o que leva a uma falta de engajamento e motivação e, eventualmente, atrito. A pesquisa da Udemy, anteriormente citada, revelou que 34% dos funcionários gostam menos de seus empregos quando estão em um ambiente de trabalho perturbador.

Outro estudo feito pela Universidade da Califórnia em Irvine mostrou que as pessoas compensam as interrupções trabalhando mais rápido e depois experimentam mais estresse, pressão e níveis mais altos de frustração. Além de impactar negativamente os funcionários emocionalmente, as empresas também sofrem um impacto negativo, pois mesmo a interrupção mais breve pode dobrar a taxa de erros de um funcionário.

Um crescente corpo de pesquisa está mostrando que as distrações no local de trabalho diminuem a pontuação de QI dos funcionários. Caso em questão: o e-mail constantemente em campo tem o mesmo efeito deletério sobre o desempenho do que perder uma noite inteira de sono.

Para otimizar o desempenho humano neste ambiente de trabalho que distrai enormemente, o “gerenciamento andando por aí” está sendo substituído por meios mais sofisticados de gerenciamento de desempenho, conhecidos como análise de pessoas.

As ferramentas atuais do comércio para trabalhadores do conhecimento são computadores - estações de trabalho, PCs e dispositivos móveis - e sistemas de negócios, como gerenciamento de relacionamento com clientes (CRM) e sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP), bem como aplicativos do Microsoft Office. Através da análise de pessoas, a saída digital de indivíduos e grupos de trabalho é medida e analisada para entender as tendências e armadilhas de produtividade. O software sofisticado automatiza a coleta dos sinais digitais que um funcionário emite e os combina com análises poderosas para que os executivos seniores possam tomar decisões melhores em torno do que para muitas empresas é seu maior investimento: sua força de trabalho.

A dura realidade é que a maioria das empresas está percebendo apenas 60% de produtividade da capacidade da força de trabalho. A análise de pessoas oferece para encontrar as fontes de perda de produtividade para informar e orientar estratégias para preencher essa lacuna.

Depois de trabalhar com empresas em todo o mundo e analisar mais de 500.000 horas de dados de trabalho, surgem as melhores práticas e estratégias para ganhar a guerra contra o trabalho distraído, incluindo um conceito chamado “the golden hour" ou “a hora de ouro”.

O conceito básico por trás da hora de ouro é remover distrações para fornecer um ambiente que estimule a produtividade, permitindo que os funcionários gerenciem sua atenção e aproveitem seu foco. Embora a colaboração seja fundamental para o sucesso do negócio, ela também pode ser contraproducente. A hora de ouro encoraja um ambiente de trabalho livre de distrações para permitir que os funcionários trabalhem por conta própria e pratiquem trabalho focado.

Para os não iniciados, a hora de ouro pode parecer bastante radical; por uma hora, as empresas criam um ambiente de trabalho focado, sem distrações, pedindo que os funcionários bloqueiem aplicativos, bate-papo e notificações; reduzir o uso do telefone; evite email; e negue o acesso de visitantes externos, etc. Nós encorajamos as empresas a designar uma certa hora do dia para observar esta hora de ouro (ou horas).

Após uma implementação bem-sucedida, os funcionários devem começar a se sentir mais produtivos no trabalho, porque a qualidade ininterrupta e o tempo de trabalho focado permitem que eles dobrem os esforços em projetos centrais e realizem mais trabalho. Os dados de análise de pessoas podem ajudar a organização a identificar a colocação ideal de horas de ouro, com base no ritmo natural da equipe ou das equipes.

A implementação de estratégias como a hora de ouro, informada por dados de análise de pessoas, pode melhorar a utilização da força de trabalho em uma hora por dia por funcionário. Para uma empresa com mais de 5.000 funcionários, isso pode adicionar U$ 400 milhões anualmente ao resultado final.

Embora os funcionários às vezes possam ser céticos, eles invariavelmente chegam a abraçar a hora de ouro à medida que se orgulham de suas conquistas aumentadas, estresse minimizado e paz de espírito recém-descoberta, bem como o benefício adicional de mais tempo para a família ou lazer. Proporcionar um ambiente de trabalho livre de distrações não é apenas uma estratégia de gerenciamento de desempenho de negócios; É uma estratégia inteligente para apoiar o bem-estar dos funcionários, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, o envolvimento e a retenção de funcionários.

Referências: Sapience Analytics / Udemy Research