Você já se perguntou como uma das marcas de luxo mais icônicas do mundo pode colocar em risco sua própria história?
O recente vídeo da Chanel — mostrando o processo de produção da bolsa Classic Flap — causou um verdadeiro abalo no mercado de alto padrão. O material, publicado pela respeitada WWD com autorização da própria marca, pretendia exaltar a excelência artesanal da Chanel.
Mas o que o público viu foi diferente: uma produção muito mais industrializada do que a narrativa histórica da marca sugeria.
O problema não foi mostrar máquinas.O problema foi quebrar a mágica.
Hoje, quem vende para o mercado de alto valor precisa entender: confiança é o ativo mais caro do luxo.
O que aconteceu com a Chanel?
Em abril, a Chanel permitiu a divulgação de um vídeo institucional mostrando seu processo de fabricação.
O objetivo era reforçar a transparência e a qualidade.O efeito foi o oposto.
O público, acostumado à ideia de um processo artesanal minucioso, se deparou com cenas de alta produção mecanizada. Cortes automatizados, linhas de montagem e muito menos "mãos" do que se imaginava.
Rapidamente, o vídeo viralizou — e foi removido.
Mas o estrago na narrativa já estava feito.
O que realmente chocou o mercado de luxo?
Não foi a existência da tecnologia.
Foi o descompasso entre a promessa e a entrega.
O luxo não vende apenas um produto: vende uma história, um ritual, um universo simbólico.
Quando uma marca constrói valor em cima de "feito à mão", "exclusividade" e "tradição", mostrar um processo que lembra uma linha de montagem industrial quebra o feitiço.
No mercado premium, quem vende ilusão, sem entrega, não se sustenta.
A diferença entre entregar produto e entregar valor
Qualquer marca pode entregar um produto.
Poucas conseguem entregar valor real.
Valor é a soma de:
- História
- Percepção
- Emoção
- Coerência entre discurso e bastidor
Sem isso, o preço alto vira apenas ostentação vazia — e o cliente de alto valor percebe.
O novo luxo é feito de verdades invisíveis, não apenas de etiquetas visíveis.
O que seu negócio pode aprender com o erro da Chanel?
- Não prometa o que não sustenta.
Construção de marca é construção de confiança. - Cuide do bastidor.
Seu cliente de alto valor compra o que ele não vê: o processo, a cultura, o cuidado. - Narrativa importa — mas coerência importa mais.
O luxo de verdade é invisível aos olhos de quem só entende de produto. - Seja radicalmente autêutico.
Não é sobre vender para mais gente. É sobre vender para quem valoriza o que você entrega.
Conclusão
O novo luxo não se sustenta mais apenas em etiquetas.O novo luxo exige essência, coerência e coragem.
Confiança é o novo ativo mais valioso.E marcas que querem liderar não podem negligenciar isso.
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Não venda mais. Venda melhor.